quarta-feira, 1 de maio de 2013

FARRAPOS



Sedas sujas amarfanhadas
Almas famintas desprezadas
Rendas desfeitas  e rotas
Incerteza de trilhas tortas
Rumando  a lugar nenhum
Lixo do desamor humano
Descartado rico debrum
vidas e rumos incertos
qual réles trapos de pano
homens de nossa  urdidura
seres  de ermos e desertos
Como se de fazenda impura
Que o tempo pui e esgarça
A cica da impiedade humana
que não some nem disfarça
A noite segue infinda e fria
Vida é  de breu e  escura
Quem sabe se vai amanhecer

por Edson Ovidio