Construímos os
mais avançados e variados dispositivos para realizar tarefas complexas e
delicadas. Somos capazes de explorar qualquer um dos recursos materiais do globo
e revertê-los em prol da humanidade; adquirimos um grau de especialização
impensável década após década e ante nossos olhos descortinam-se miríades de
maravilhas tecnológicas que diariamente impressionam nossas retinas e aguçam
nosso instinto de posse.
Porém, bem maior que todas as maquinas é a
genialidade da humanidade que as constrói é a forma como nos fazem entender e
enxergar a harmonia complexa das forças sob as quais estamos mergulhados. Em contraponto a cada passo a frente, mais e
mais nos rendemos à grandiosidade do objeto criado e nos ocultamos por trás de
cada valor conquistado e então nos perdemos sob as camadas de bens materiais
que depositamos sobre nós mesmos.
O impulso criativo vai da intuição à ação e todas as
ideias e coisas em vigor ou que hão de passar a existência são as ferramentas
que nos tornam e tornarão cada vez mais capazes de compreender a vida entorno e
todos os seus veículos de expressão em sua plenitude, da qual somos mera
parcela.
Maior que todas as coisas que havemos de ter ou
construir, somos nós mesmos e os bens naturais a nossa volta os quais
usufruímos e os havemos de manter e proteger, bem como todas as co-criaturas
que sustentam e compartilham a vida em nosso planeta pelo tempo em que ele
existir.
Os objetos que você possui não precisam que você os
ostente porque tudo que hoje somos ou possuímos passará. Por mais avançado que
seja o que quer que conquistemos, outros cosmeticamente mais avançados e mais
eficientes passarão à existência e então se perderão no tempo, substituídos por
coisas mais perfeitas e porém igualmente
transitórias.
Possua e usufrua coisas e esteja inserido nos avanços
do nosso mundo, mas não permita que as coisas o possuam e não se permita adoecer
com a síndrome do ter e ser ou oculte o belo em você sob as multicamadas
materiais que o privam de todos os seus
sentidos sutis.
Por Edson
Ovidio
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Don't let the things you own own you.
We have
created the most advanced and wide range of devices to perform complex and
delicate tasks. We are able to exploit any of the material resources of this
world and deploy them for the sake of humanity, we have acquired an unthinkable
degree of specialisation decade after decade and right before our very eyes a
myriad technological wonders are unveiled day after day and sharpening our sense
of possession.
Nevertheless,
better than all machines is the geniality
of the human being who makes them up and make us see and understand the complex
harmony of forces in which we are immersed. Contrapointing with each step forward, more and more we surrender
to the greatness of our own creations and we hide behind each value conquered
and then we get lost behind all the layers of material laid upon us
The
creative spark springs from the intuition
and moves into action, therefore both ideas and things that exist or that will
do in a near future are mere tools which
make us increasingly able to understand life around and all of its vehicles of
expression and the fullness which we are just a single part.
We are Greater
than all the things that we can afford to possess or build, and so are all the natural resources around us which we shall
enjoy, maintain and protect as well as all co-creatures that support and
share life on this planet during its
existence.
The objects
that you have got don’t need to be your boast because everything
we are today or possess. The most advanced technology our belongs will
be replaced by more perfectly-fit, efficient and cosmetically more
appealing devices over and over again.
Possess and
enjoy things and be really part of world´s
progress , but do not allow things to have got you and don’t come down with the
syndrome of the king of mountain nor let the beauty in you buried deep under the material multilayers that clog all
your subtle senses
By Edson Ovidio