Chamo-me caridade
Olvidam-me olhos, mentes , corações
E o luxuoso fausto do povo
da cidade
Exortam-me preces e torpes orações
fios tênues entre o eu sou e o tu
és
ausente dos teus dias, palavras e ações
Esquece-me como que sob os teus pés
Chamo-me caridade
Precipito-me facho de luz ao inferno
Rocio de abundancia e muita claridade
Iriso-me em amor multicor, sempiterno
Despejo do meu doce ao mais amargo
Preciso de teus braços, força, fraternidade
Transcenda além , não passes
ao largo
Chamo-me Caridade
Sussurro a ti a cada fecundo instante
Bato e tu não me abres portas a mim
Em ti jaz um o vazio inclemente
Mouco com sentimento ausente
ao dó a tua alma é cega, não sabe
a voz e o clamor do mais
carente
Chamo-me caridade
Por Edson Ovidio
MY NAME IS CHARITY
MY NAME IS CHARITY
My name is Charity
Forgotten by eyes, minds and hearts
Luxurious splendour of the people in the city
You praise me with clumsy
prayers indeed
I am and you are either never gear or fit
Void in your day, word, in your deed
You kept me Mislaid under both feet
My name is Charity
Plunged into hell, I am a beam of light
Gentle breeze and dewdrops
of clarity
A hue of
a love everlasting and bright
Sweetness spilled in a cup of bitterness
Abide your arms, strength and fraternity
Stride beyond your faint needlessness
My name is charity
Whispering
in your ears the seed of will
I knock on your door but around you turn
Your soul is blind and around you mill
Deaf, feeling that you are late to learn
About voices and awes of those you spurn