Em França, sob o reinado de Luiz XVI, o povo se via oprimido
pelos privilégios do clero e da nobreza e do súbito aumento de impostos devido à
intervenção do país na Revolução Americana Contra a Inglaterra. Era tão grave o
momento, que o povo tomou as ruas para subjugar o poder de seu governante e
dizia-se, então que Paris estava intoxicada
com liberdade e entusiasmo. Num desses dias de revolta total, contra a avareza do governo, seguindo os boatos da imprensa, o povo dá inicio a uma reviravolta
histórica que iniciou aos tempos modernos; era a 14 de julho de 1789.
À luz do pensamento iluminista de vários pensadores, os franceses
começaram então um momento histórico e com esse mesmo ideal, outros povos
também foram movidos à liberdade.
Fato é que o poder é como um álcool que vicia, corrompe e,
vez por outra, nossos representantes se encharcam desse ou daquele vinho e ébrios
de poder querem para si muito mais do que para o bem comum.
Esses fatos repetem-se na historia de todos os povos, via
de regra, espocam aqui e ali, sob esse ou aquele governante, quaisquer que
sejam as causas que, sob a percepção de seus povos lhes afligem ou lhes subjuguem
e então se torne a chispa contra a qual esses povos se insurjam.
Somos a mescla rara de muitos povos que iniciaram esse
país, sob os auspícios de muitas culturas, muitos interesses e por fim herdamos
uma pátria repleta de diferentes nuances diversos matizes, costumes. Todavia sofremos
de um comodismo atávico e uma submissão de tempos imemoriais em que os coronéis
faziam das suas as nossas próprias vontades. Desde muito cedo aprendemos a ter apenas o que
de bom grado sobrava da mesa de uma casa grande qualquer ou trocar favores com
poderosos por um quinhão menor que mitigasse uma carência pontual.
Perdemos o contato com nossos representantes, ao mesmo
passo em que a politica se investiu de uma armadura de cupidez e vilipêndio. Os
simplórios dentre o povo querem Deus no poder soberano das coisas e então dão o
poder a pseudo-arautos que em contrapartida trabalham por dízimos cada vezes
maiores. Outros tantos dão seus votos sem qualquer regra, ideologia, porque
isso aqui não há.
O povo, enfim se cansou do domínio totalitarista de
nossos representantes. Que sejam bem vindos todos os gritos de liberdade!
por Edson Ovidio
por Edson Ovidio