Sedas sujas amarfanhadas
Almas famintas desprezadas
Rendas desfeitas e rotas
Incerteza de trilhas tortas
Rumando a lugar nenhum
Lixo do desamor humano
Descartado rico debrum
vidas e rumos incertos
qual réles trapos de pano
homens de nossa urdidura
seres de ermos e desertos
Como se de fazenda impura
Que o tempo pui e esgarça
A cica da impiedade humana
que não some nem disfarça
A noite segue infinda e fria
Vida é de breu e escura
Quem sabe se vai amanhecer
por Edson Ovidio