Carrego-te ,
no peito, seguro
cá dentro trago-te , por certo
árido , vasto
,profano deserto
Longe e apartado , eu juro
tu és sempre
mui bela flor
entre lavandas
e alecrim
tu te irisas, cor, multicor
tão sempre
mais distante
o arfante tempo venturo
te trará de
volta enfim
vai a aurora e o ocaso
bailam vivas lembranças
como o alarido
mil crianças
dourado idílio,
te comprazo
memórias,
meu exílio alterno
me perco, me
desgoverno
maltrata-me
tempo teu descaso
A saudade é o ter-te sempre agora
mas o tempo aprisiona a hora
avaro esquece-se
de mim
saudade é um mar mais profundo
donde transbordam emoções
lagrimas d´
almas e corações
sagrado
maior que o além-mundo
afogo-me na
tua ausência
sob o peso dessa
doce inclemência
deslastra o
tempo os segundos
teu mundo,
meus mundos
vou-me nessa
louca insanidade
do coração,
por fim, batendo saudade