Incontinente passa o tempo velozmente
diante de nossos olhos, fatos e coisas cambiam-se, numa sucessão de rápidos eventos.
Cada pequeno aspecto em torno, passa à existência, evoluciona-se e então se
degrada.
Na vida somos como passageiro de um trem veloz,
olhamos, pela janela, a sucessão de eventos e guardamos na retina da mente, as
cenas. Queixamo-nos da inclemência do meio ambiente, e regozijamo-nos com o
beneplácito e encantos da natureza diante de nossos olhos.
Do começo de nossa viagem até a estação
final, o trem sofre a influência do meio e a cada trecho, passageiro têm uma
nova experiência, a cada experiência descortinam-se novos encantamentos; as
cores, o casario, as pessoas, a paisagem, a suavidade do caminho, o sacolejo do
comboio, as reflexões, as decepções e os variados humores.
Enfadamos, nós passageiros, com a sucessão
de cenas à janela, por vezes, fechamos os olhos a tudo entorno, então privamo-nos
da paisagem que passa e enclausuramo-nos, por momentos, dentro de nós mesmos,
Há
ao longo do caminho muitos túneis de incerteza a atravessar, pontes sobre rios
turbulentos de dúvidas, flores da alegria e pântanos de medos e incertezas. Pra
onde vamos, o que nos reserva a próxima estação, só o momento seguinte nos dirá.
A
vida por si move e segue seu ritmo frenético, sem se deter. Amiúde, passageiros
detemo-nos em ensimesmamentos, decepções e frustrações e tudo parece não tomar rumo,
como se o trem seguisse em marcha ré. Fechamos os nossos olhos em alguma
paragem e demoramos muito tempo para reabri-los à revolução, dinamismos de tudo
a nossa volta.
by Edson Ovidio