quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

solidON


Falenas entorpecidas
volteiam luzes do celular
como se não houvera 
brilho de olhar ignoto
nada ou ninguem em torno
além do que lhes é remoto
nenhuma ou coisa alguma aquém
como se o ecrã fosse o luar
que faz do seu olhar refém
envolto pela nuvem do wifi
cego, nada além
vanidade que se compartilha
mono-assunto que não cai
entre tantos mares de olhares
ilhas e ilhas
dedos ageis
batepapos digitais
mentes frageis
armadilha, tais e tais
a inação
o dessentir
a solidão

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