terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Uma VERDADE , muitas Verdades!


Uma Verdade, Muitas Verdades

O menor desvio inicial da verdade multiplica-se ao infinito ã medida que avança.
Aristóteles


Não te convenças que tua verdade possa ser encontrada por outro
Andre Gide


As Verdades diferentes na aparência são como inúmeras folhas que parecem diferentes e estão na mesma árvore.
Mahatma Gandhi



Imagine-se olhando um pomar a distância de 1 km! O que você veria? 

Será que você veria os frutos? Sentiria o frescor da brisa por entre as arvores?

Teria o Paladar despertado pelos múltiplos aromas?  

Sentiria a textura dos troncos? Admiraria a trama dos galhos, a delicadeza das inflorescências, a suavidade e a  fractalidade das folhas?

Veria os insetos em sua excursão pela plantação?

Ouviria o farfalhar das asas das borboletas?  A melodia do canto dos pássaros e o canto das cigarras? 

Você conseguiria sentir as gotículas de orvalho sobre a sua pele?  


Sentiria sobre seus pés a firmeza ou a maciez do terreno?

Sentiria o olor fresco da Terra invadindo-lhe as narinas?  


Desfrutaria das sombras providenciais sob as copas grandiosas?

Enfim, tudo o que você veria seria apenas a impressão cinzenta do verde distante, um borrão incerto e ainda assim estaria falando sobre o pomar; essa seria sua Verdade “Pomar é um verde acinzentado a 1 km daqui”.


Qualquer que seja sua distância de um fato, sua verdade, sua forma de ler o mundo serão absolutamente reais e em acordo com sua posição relativa. Assim também é com todos os fatos cotidianos em que precisamos  falar sobre uma verdade.

Uma vez um chefe me disse: _ Existe apenas uma VERDADE e múltiplas verdades; A mim essa visão me abriu a mente para a questão do relativismo de nossas observações; Somos apenas um observador fazendo leituras cotidianas sobre nossas crenças convicções, fatos etc.; corroborando impressões dividindo assertivas e discutindo verdades individuais.

Se nos posicionássemos ao lado de um quadro de um pintor famoso e nos dispuséssemos a ouvir as impressões do público e de “marchands, a nós não restaria outra consideração senão a assertiva de que ouvimos múltiplas verdades sobre a mesma coisa, um mar de verdades individuais sobre um mesmo tópico.


A despeito de nossas convicções religiosas, filosóficas etc, estribadas em olhares alheios sobre o mundo ou visão de coisas, havemos sempre de abrir mão de conceitos, tabus e barreiras impostas ou de nosso  férreo determinismo de que além de nossa percepção ou de conceitos emprestados não há outros focos para a  verdade. Então tome seu melhor mecanismo de ação, posicione-se como indivíduo privilegiado e tome posse da sua própria verdade, posto que ela é intransferível. 




Por Edson Ovídio

5 comentários:

tiba765 disse...

Boa Bola!

Anônimo disse...

Edson, posso compartilhar, gostei muito!

Edson Ovidio disse...

Bom dia! Sinta-se a vontade para compartilhar

Tati S.S. disse...

Gostei do post.
Verdade de acordo com o Aurélio, significa exatidão, coisa verdadeira, princípio certo.
Há uma verdade, sim. A forma de de enxergá-la são variadas. Mas o significado original da verdade se anula por contas das múltiplas opiniões sobre ela ?

Edson Ovidio Alves disse...

Quando eu era criança, lembro-me que minha mãe para me livrar do medo dos relampagos e trovões, dizia me que era Deus ralhando com os anjinhos.Essa visão era a minha verdade, era o que minha mente podia comportar naquela época. Eu penso que os sábios/mestres usam sempre um recurso didático para conduzir mentes ainda imaturas rumo a uma observação concreta e objetiva de coisas, para fins de adelgaçar o foco da busca e lhes nutrir a fome com uma visão mais simplistas, todavia cabe a nós buscadores da mesma verdade desenvolver o tema de cada um dos quesitos que buscamos, alargar a nossa compreensão ou corremos o risco de ficarmos presos no passado dicertando contos infanto-juvenis e tendo os como se nos fora a mais concreta das verdades, quando foi apenas um recurso didático. Nosso foco objetivo de coisas deve ser desenvolvido; os observadores somos nós!!