domingo, 8 de maio de 2011

A VIDA É UM RIO


Flur


“Ele diz que sou o todo. A sabedoria diz que não sou nada. Entre os dois flui a minha vida”.
Sri Nisargadata Maharaj

"Tudo flui como um rio"
Heráclito

Essa semana quero falar sobre a interpendência da vida; como as nossas vidas se despejam incontinente em todas as outras; o quão muito beneficiamos ou prejudicamos a nós mesmos e a todos os demais seres com os nossos padrões de pensamentos e ações.
Como um rio, nossas vidas vão de margem a margem e fluem a todas as coisas, somos um pouco de tudo o que nos cerca.
Muitos acreditam que a vida é um eterno acúmulo de riquezas, pompas, circunstancias, busca frenética, uma escada sem fim rumo a um poder que nos posicione bem acima de qualquer outro mortal. Não creio que a vida se resuma ao pequeno cadinho das buscas de cargos, funções, titulos, saberes ou a um conjunto de malogros, quimeras, frustações, medos, decepções.
 Muitos fartam se em suas usuras ou perdem se em seu receio de não possuir, não ser, não vencer, não estar. Eu penso que cada um de nós é um grande repositorio de energias a qual gradativamente trabalhamos para torná-la melhor a cada etapa, enriquecendo e transubstanciando com o nosso quantum exclusivo.  Todas as potencialidades escoam através  de nós e então fluem ao encontro de outros, como o jorro de um grande rio que se transborda ao encher um pequeno cântaro, fluí ate o outro como se o grande rio corresse a seus afluentes, regatos, mangues sem embargos, sem fronteiras, ora feroz, ora plácido ou calmamente se despeja em todas as outros seres.
Eu entendo que a vida presente em cada um de nós se limita com a do nosso próximo pela tênue barreira da nossa individualidade, porém a percepção do que somos, buscamos, almejamos ou entedemos como nós mesmos, faz-nos represar tudo o que devia fluir. Tudo está em constante movimentação, mas por vezes, transformamos nossa porção de rio em um charco imprestável pela excessiva ação do ser, do ter. Creio que muitos deixam de sentir o frescor da vida que flui através de si mesmo, fechando-se numa represa de medos, preconceitos, frustações, ódios ou quaisquer outras impressões de baixo padrão que nos coloque num circuito fechado onde so percebemos a nós mesmos.
A ideia dessa minha divagação não é  nivelar as vidas, pois entendo que como na natureza, ha cascatas e cachoeiras, também creio que o desequilíbrio provoca o movimento necessário em tudo, todavia ha iguais substratos a mercê de todos como se fosse uma grande força fluída  e, então, havemos de  impressionar a porção do que somos com o nosso melhor, a despeito do que podemos ser ou ter.
Estendendo esse pensamento ao máximo de comparações possíveis, eu acho que ao longo de nossa história, a despeito de pensar que colhemos em nós das aguas de um grande rio, creio que somos co-construtores deste mundo, quando entendemos que somos capazes o suficiente para tomar sobre nossos ombros a responsabilidade tamanha de manter e sustentar a natureza que nos rodeia, incluindo a nós mesmos, humanos. Somos doadores de forças, oportunidades, energias; fomentadores e facilitadores do bem estar comum , quando predispusemo-nos  a sair  de cima de nosso pilar  de titulos e posições .

É nossa, a oportunidade exclusiva de construir um mundo melhor. Deixe que seu ideal transborde de sí, faça o seu melhor com a porção dessa energia que flui por você, melhore efetivamente o mundo que o cerca com atitudes positivas

Por Edson Ovidio

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