quarta-feira, 12 de setembro de 2012

AS COISAS NÃO PRECISAM DE VOCÊ!





Construímos os mais avançados e variados dispositivos para realizar tarefas complexas e delicadas. Somos capazes de explorar qualquer um dos recursos materiais do globo e revertê-los em prol da humanidade; adquirimos um grau de especialização impensável década após década e ante nossos olhos descortinam-se miríades de maravilhas tecnológicas que diariamente impressionam nossas retinas e aguçam nosso instinto de posse.

Porém, bem maior que todas as maquinas é a genialidade da humanidade que as constrói é a forma como nos fazem entender e enxergar a harmonia complexa das forças sob as quais estamos mergulhados.  Em contraponto a cada passo a frente, mais e mais nos rendemos à grandiosidade do objeto criado e nos ocultamos por trás de cada valor conquistado e então nos perdemos sob as camadas de bens materiais que depositamos sobre nós mesmos.

O impulso criativo vai da intuição à ação e todas as ideias e coisas em vigor ou que hão de passar a existência são as ferramentas que nos tornam e tornarão cada vez mais capazes de compreender a vida entorno e todos os seus veículos de expressão em sua plenitude, da qual somos mera parcela.

Maior que todas as coisas que havemos de ter ou construir, somos nós mesmos e os bens naturais a nossa volta os quais usufruímos e os havemos de manter e proteger, bem como todas as co-criaturas que sustentam e compartilham a vida em nosso planeta pelo tempo em que ele existir.

Os objetos que você possui não precisam que você os ostente porque tudo que hoje somos ou possuímos passará. Por mais avançado que seja o que quer que conquistemos, outros cosmeticamente mais avançados e mais eficientes passarão à existência e então se perderão no tempo, substituídos por coisas mais perfeitas e porém  igualmente transitórias.

Possua e usufrua coisas e esteja inserido nos avanços do nosso mundo, mas não permita que as coisas o possuam e não se permita adoecer com a síndrome do ter e ser ou oculte o belo em você sob as multicamadas materiais que o  privam de todos os seus sentidos sutis.



Por Edson Ovidio


---//--

Don't let the things you own own you.

We have created the most advanced and wide range of devices to perform complex and delicate tasks. We are able to exploit any of the material resources of this world and deploy them for the sake of humanity, we have acquired an unthinkable degree of specialisation decade after decade and right before our very eyes a myriad technological wonders are  unveiled day after day and sharpening our sense of possession.

Nevertheless, better than all machines is the geniality  of the human being who makes them up  and make us see and understand the complex harmony of forces in which we are immersed. Contrapointing with  each step forward, more and more we surrender to the greatness of our own creations and we hide behind each value conquered and then we get lost behind all the layers of material laid upon us

The creative spark  springs from the intuition and moves into action, therefore both ideas and things that exist or that will do in a near future are mere  tools which make us increasingly able to understand life around and all of its vehicles of expression and the fullness which we are just a single part.

We are Greater than all the things that we can afford to possess or build, and so are all  the natural resources around us  which we shall  enjoy, maintain and protect as well as all co-creatures that support and share life on this planet  during its existence.

The objects that you have got   don’t need to be your boast because everything we are today or possess. The most advanced technology our belongs  will  be replaced by more perfectly-fit, efficient and cosmetically more appealing devices over and over again.

Possess and enjoy things and be really part of  world´s progress , but do not allow things to have got you and don’t come down with the syndrome of the king of mountain  nor let the beauty in you buried deep under the material multilayers that  clog all your subtle senses

By Edson Ovidio

Nenhum comentário: