sábado, 23 de julho de 2011

A COMPAIXÃO

Compaixão
“O ser humano é uma parte do todo que chamamos universo, uma parte limitada pelo tempo e pelo espaço. Ele faz a experiência de si mesmo, dos seus pensamentos e dos seus sentimentos como acontecimentos separados do resto, eis aí uma ilusão de óptica da sua consciência. Esta ilusão é uma forma de prisão para nós, pois nos restringe aos nossos desejos pessoais e nos constrange a reservar a nossa afeição para algumas pessoas que nos são mais próximas. A nossa tarefa deveria consistir em nos libertarmos desta prisão alargando o nosso círculo de compaixão de forma a aí incluir todas as criaturas vivas e toda a natureza na sua beleza”
 - Einstein

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Este ensaio  é sobre a Compaixão, que  a mim me soa com um sentido diverso da pena ou qualquer sentimento amargo e piegas. A compaixão talvez faça me chorar não pela  tristeza do ter dó, mas pela experimentação do compreender.

 Somos  parte de um todo, dividimo-nos em castas , padrão social, etiquetas, rótulos , pompas e circunstancias , pertencemos a esse ou aquele estrato social. Há grupos em  melhores condições materiais outros tantos  todavia,  muito abaixo do  que entendemos como padrão aceitável de subsistência.

Embora caminhemos pelos mesmos caminhos, nossos sapatos pisem o mesmo chão, a noção do espaço que ocupamos parece estar focada em  nossas tribos, rótulos, convenções e então nossos óculos de ver a vida parece que  “desenxergam”  e desconsideraram  as muitas vidas que atravessam as nossas todos os dias.

 Trazemos conosco valores legados pela família sobre os  quais  desenvolvemos  os atributos próprios e então alçamos voo  expandindo, Incluindo  amigos e abandonando os desafetos.. Incondicionalmente compartilhamos  afeições, bem-estar e todos os possíveis privilégios que deles partam em direção a nós ou de nós a eles.

A medida e expandimos o circulo de interação , doamo-nos aos amigos, nós os percebemos, sentimos seu afeto. mas apenas em  parte, e a medida que continuamos e agigantamos nossos tentáculos mais além, gradativamente deixamos de perceber pessoas que julgamos serem inferiores ou não pertencentes a mesma casta, deixamos de nos sintonizar com sua essência e também com a nossa própria, que são a mesma coisa.

Compaixão significa pôr-se na condição do outro, vivenciar mentalmente a carência e a necessidade alheia e dar de si para mitigar o que você mesmo vivencia, longe da pena e quaisquer outros sentimentos piegas. Quando percebemos nossa essência, nós a  percebemos como se fora uma sinfonia e tudo a nossa volta faz parte dela.  Fazemos parte da família humana, entoamos uma sinfonia especial que compõe o todo.
Somos dissonantes quando não compreendemos a nós e aos que nos cercam.
Somos péssimos músicos quando não percebemos um instrumento com problemas

por Edson Ovidio


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