terça-feira, 26 de julho de 2011

A FAMILIA

A Familia

"As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira." Tolstoi 
"Quando já não suporto pensar nas vítimas dos lares desfeitos, começo a pensar nas vítimas dos lares intactos. Vries


Esta semana resolvi divagar sobre a família e a primeira definição básica que me ofereço é: 

_ Antítese e a tese de nós ao mesmo tempo. Somos moldados,  educados, amados. Crescemos,  compartilhamos, vivenciamos, choramos, rimos, incompreendidos, superprotegidos, reprimidos.

Por mais linda e maravilhosa que seja a nossa família, alguém sempre achará uma nódoa; por mais achincalhos que alguém lhe impute , sempre haverá maravilhas dentro de um lar. Há e haverá  flores docemente perfumadas deitando raízes  num fétido pântano e larvas altamente destrutivas nascendo  nos  jardins  mais floridos e aromático .

Se a forma como nossas  famílias educam seus filhos  é a mesma a todos, porém por que será que cada um responde com sua própria nota ao mesmo diapasão ?

Cada  Núcleo familiar possui  seus  valores intrínsecos, padrões únicos , tabus, ressentimentos, somos contagiados com  imagens vivazes de alegrias  legadas ou cicatrizes  latentes  que acinzentam  todos os nossos dias e assombram-nos pelo tempo  da  experiência humana . Há famílias cujo seio  se dilacera pelo turbilhão de forças antagônicas  .

A  medida que crescemos  exacerbamos esse ou aquele valor, entoamos um padrão diverso daqueles aprendidos , adquiridos ou pretendidos , porque cada um nós é um harmônico daquilo que vivencia posto que somos   individualidades.  Desenvolvemos nossas próprias diversidades, idiossincrasias, descambamos em direção ao erro  ou definitivamente alçamos voo em direção a valores não experimentados pelo núcleo que nos formou.

Quaisquer que tenham sido os níveis de prazer  ou insatisfação é assim que fincamos raízes em nossas vidas, ganhamos um direcionamento  e gradativamente somos responsáveis por nós mesmos. Formamos nossas próprias diretrizes, moldamos cada uma de nossas facetas sociais e personalidades.

As tintas fortes da infância, alegrias , privações ou a beligerância de alguns, definitivamente marcam nossas vidas e trazemos as mazelas dos tons amargos de um ou a suavidade determinante de outro. Dos parâmetros e paradigmas vivenciados tomamos para o nosso cadinho aquilo que  assimilamos  e então os tornamos  nota principal em nossa própria existência ou naufragamos alheios a quaisquer tesouros que nos foram entregues.

Será que devemos debitar  à  família o malogro ou creditar a ela o sucesso individual ?

Quaisquer dos memes ou genes sociais herdados e  que , por ventura, possam empanar  nossa trajetória , invariavelmente dizem nada pois  somos nos mesmos que apesar de quaisquer revezes  determinamos o nosso futuro.


Por Edson Ovidio

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